Sou do Burkina faso. Desde cedo, tive interesse em estudar fora do meu país. Quando surgiu a oportunidade de vir ao Brasil, enxerguei uma chance não apenas de estudar, mas também de entender mais profundamente as questões raciais em um país com uma história marcada pela escravidão e resistência negra. Chegar ao Brasil foi um choque cultural. O idioma, os costumes e até a forma como a negritude é vivida aqui eram diferentes do que eu conhecia.
Meu envolvimento com o projeto veio da necessidade de aprofundar minha compreensão sobre o racismo e contribuir para o debate. Lá, tive a chance de compartilhar minhas vivências e aprender com outras mulheres negras. Esse percurso tem, e ainda está, me ensinado sobre resistência, solidariedade e a força das mulheres negras na diáspora.
Mais do que nunca, sigo comprometida em contribuir para mudanças reais, porque sei que nossas vozes e histórias têm o poder de transformar o mundo.
