O processo de seleção das Mulheres Migrantes Negras em Diáspora na Acre teve início em setembro e finalizou no dia dez de outubro de 2024. A etapa de seleção revelou desafios para a implementação do Projeto no estado. O estado por estar situado na região sudoeste da Amazônia brasileira, é considerado como parte da rota de entrada de imigrantes para a legalização da documentação, mas que não fixa os migrantes no estado por diversos fatores. A maioria dos migrantes entra para legalizar a documentação temporária e segue para outros estados, principalmente sudeste e sul do Brasil, onde apresenta mais oportunidade de emprego. A divulgação do processo seletivo, seguindo critérios acadêmicos, enfrentou barreiras na divulgação e comunicação com as mulheres migrantes. Principalmente por estas terem limitações de acesso à internet, não conhecer os processos institucionais do Brasil, não ter um dispositivo móvel exclusivo, muitas vezes um aparelho era compartilhado com várias pessoas. As estratégias de divulgação foram visitas as casas abrigo e de passagem, contato com profissionais da assistência social do município e do estado que atuavam diretamente com migrantes, educadores da rede municipal de educação que tinham contato com os filhos de migrantes matriculados. Os prazos fixados no início do processo foram alterados para possibilitar o contato e a seleção. Apesar da mudança na abordagem das mulheres migrantes, somente foi possível selecionar cinco mulheres migrantes, sendo duas venezuelanas, uma cubana, uma colombiana e uma peruana.